-----------------------------------PROCESSO DE EXPATRIACAO-----------------------------------
A expatriação pode, portanto, ser entendida como uma
estratégia de gestão de Recursos Humanos que visa tanto desenvolver
internacionalmente a organização como as competências do executivo global, nos
empregados.
Nunes et al. (2008) analisam que a expatriação consiste
no deslocamento de um profissional a um destino internacional, com determinação
de elementos como função, período, condições financeiras, localização.
Segundo Tung (1988), o processo de expatriação de uma
organização, pode ser definido como um conjunto de etapas que vão desde o
recrutamento e selecção de candidatos a cargos no exterior até a inserção e o
acompanhamento do indivíduo no novo ambiente organizacional, passando por
questões de negociação de preparação cultural, benefícios, trâmites legais,
alojamento e de idioma. Em algumas organizações há um sector específico para
cuidar das expatriações; em outras elas estão sob a responsabilidade da área de
recursos humanos.
E
para Bueno, et al (2004) o processo de expatriação pode ser entendido como uma
sequência de etapas que envolvem o processo de selecção dos candidatos,
treinamento cultural e de idiomas para assumir cargos no exterior, negociação
de benefícios e da preparação da família, trâmites legais e burocráticos,
inserção e acompanhamento do funcionário no novo local.
As
pessoas carregam de sua cultura neste processo de mudança, pois como Hall
(1998, p.47) afirma, a identidade nacional de uma pessoa, constitue uma das “principais
fontes de identidade cultural, ao nos definirmos, algumas vezes dizemos que
somos ingleses ou galeses ou indianos ou qualquer que seja o país”, isto
representa que forma de falar expressa, de modo efectivo, como se pensa nela
como parte da natureza essencial do indivíduo (Bueno; et al, 2004).
PROCESSO DE GESTÃO DE EXPECTATIVAS
Segundo
Finuras (2011), as situações de expatriação, designadas vulgarmente também por assignments ou missões internacionais, são normalmente acompanhadas de um
conjunto de processos psicológicos e sociais típicos. A forma mais simples de
contacto que se verifica é a que se estabelece entre um indivíduo estrangeiro e
o novo ambiente cultural para onde vai viver e trabalhar. O que significa que o
quadro expatriado irá sofrer um choque cultural e esta situação pode gerar
sentimentos de angústia, impotência ou mesmo de hostilidade face ao novo ambiente
onde está inserido. Pode mesmo acontecer que o equilíbrio físico seja afectado,
necessitando de maior assistência médica imediatamente após a sua deslocação
pois, no decurso de choque, são frequentes alguns episódios de depressão que,
por sua vez, fragilizam o sistema imunitário tornando-o mais sensível a
infecções oportunistas.
A
expatriação ainda constitui, na maioria dos casos, o veículo do Know How administrativo e técnico. Em
especial, esse continua a ser um dos principais meios de transmitir a cultura
do grupo, por exemplo, aquando da ocasião da criação de uma nova unidade.
Para
além disso, está muitas vezes, o meio de manter o controlo das operações ou de
garantir que comunicação com a sede funcione correctamente. No entanto empresas
multinacionais estão cada vez mais conscientes do interesse que apresenta o facto
de terem dirigentes de nacionalidade local bem como do custo elevado dos
expatriados, Perretti (2007).
Neste
sentido, todo colaborador no cumprimento da sua missão tem suas aspirações,
sendo que ele ira cada vez mais se destacar, mostrando e desenvolvendo novas competências1.
Esperando
da parte da organização todo o apoio para ele e sua família, desde a sua chegada até ao retorno ao país de
origem. O salário que é recebido no país de origem e outro no país de destino,
este semelhante ao salário dos colegas nacionais, que varia em função do cargo,
mas também do grau de perigo e condições de infraestrutura do país de destino.
O EQUILÍBRIO DA VIDA PESSOAL E PROFISSIONAL
Para Pinheiro (1997) é uma ilusão pensar que é possivel dissociar a vida pessoal da vida profissional. Portanto, é um erro supor que um expatriado que tenha sérios problemas de foro pessoal possa ter um bom rendimento profissional.
Estas
questões devem ser equacionadas e dirimidas entre a Empresa e o potencial expatriado, antes do
início da expatriação.
Elas
resultam, normalmente, de situações que estão tipificadas e são conhecidas:
-
Os casais com dupla carreira
-
Questões ligadas à deslocação e educação dos filhos;
-
Questões ligadas à inserção do cônjuge e filhos no país de destino.
-
Ou o potencial expatriado desiste dessa oportunidade, o que pode pôr em causa
as suas futuras ambições profissionais;
-
Ou o cônjuge abdica de prosseguir a sua carreira, para o acompanhar.
A
experiência tem demonstrado que a separação familiar, por um prazo de vários
anos, é, em regra, uma má solução e redunda frequentemente em divórcio.