GESTÃO POR COMPETÊNCIAS (cont.)


  GESTÃO POR COMPETÊNCIAS

A gestão por competências surge como uma alternativa para que a área de Recursos Humanos seja realizada de acordo com a contribuição do indivíduo para o sucesso do negócio considerando factores como conhecimentos, habilidades e atitudes, desempenho e resultados.
Considerando as competências como recursos estratégicos, é muito importante que as organizações gerem os seus portfólios de competências individuais e para que isso aconteça  deve haver um alinhamento entre o modelo de competências requeridas e os objectivos estratégicos da organização, de modo a que uma alteração nos objectivos estratégicos da organização implique uma alteração de modelos de competências requeridas (Levieque, 2007).
 
O que já não acontece nas nossas organizações, sobretudo nas públicas onde os próprios colaboradores desconhecem o modelo aplicado e nem se quer sabem quais os objectivos estratégicos da organização, por isso dificilmente as organizações públicas atingem os seus objectivos estratégicos apesar de actualmente estar se a evidenciar esforços para que haja comprometimento dos colaboradores com a organização.
Mas é preciso que os gestores dos Recursos Humanos saibam que a questão do uso das competências individuais em organizações públicas, tanto em algumas privadas é uma questão de decisão e não tem muito haver com os modelos que se usam mas sim com a motivação do próprio colaborador e da a que a organização proporciona. E LEVIEQUE (2007) defende que o processo de decisão individual acerca do uso das capacidades transformando-as em competências é o que explica também o facto de em empresas multinacionais situadas em Moçambique se obtêm regra geral, produtividade elevadíssima, quando vezes ao lado, de empresas moçambicanas, trabalhadores com as mesmas capacidades que outros têm produtividade baixas. Nisso ele levanta a seguinte questão: O que se passa então nessas empresas multinacionais?
Ele defende que há uma atenção centrada nos contextos funcionais e organizacionais, os colaboradores estão integrados em lugares certos o que lhes aspira a motivação para usarem as suas capacidades e as transformando em competências.
E as nossas organizações não aplicando o modelo de gestão por competências dificilmente poderá identificar quais as competências requeridas para uma dada tarefa, apenas irão se baseando em curriculum escrito, dai que fica difícil fazer a gestão por competências.

 MODELOS DAS COMPETÊNCIAS

 Boyatzis (1982), propôs um modelo genérico de competências de gestão em que a competência se equipara as características subjacentes de um individuo que tem uma relação casual com critérios de eficácia e/ou de realização superior num trabalho ou situação. Trata-se de uma abordagem comportamental em que o desempenho efectivo é um elemento central na competência e define-se como "alcançar resultados específicos, com acções especificas, num dado contesto" (Boyatzis, 1982).

Características individuais

Características individuais, reflectem as habilidades usadas pelos indivíduos na realização dos seus trabalhos específicos. A importância das habilidades técnicas tem sido tradicionalmente documentada em extensas listas de descrições de tarefas.
McClelland (1973) e Spencer e Spencer (1993) Argumentam contra o uso dos testes de atitudes e inteligência, aconselhando  a sua substituição por testes baseados na competência, visto considerarem que as características individuais influenciam   o desempenho no trabalho.
A ligação das competências a determinadas aplicações organizacionais parece, por isso, ser mais fácil quando a organização usa constantemente a abordagem comportamental. As praticas de recursos humanos que Green (1999) apresenta como as que potencialmente poderão ser melhor sucedidas e a formação baseada em objectivos. São estas e potenciais aplicações entre outras variáveis também irão condicionar o desenvolvimento de determinados modelos de competências.

Enquadramento organizacional dos sistemas de competências

Neste contesto vai se debruçar se  como é que as competências se poderão enquadrar no  contexto organizacional de referir que a diferença entre valores e competências é muito pequena e é uma questão de grau, porque os valores devem ser visto como o guia mas que não definam de forma especifica e limitada como nós podemos e devemos comportar deve indicar as fronteiras dos comportamentos não aceitáveis e dar possibilidade dos comportamentos aceitáveis ficarem na imaginação dos colaboradores da empresa. O que pode levar a alguma desorientação quando se pretendem enquadrar as competências no ambiente organizacional.

Segundo Prahalad e Hamel (1990,1994) argumentam sobre competências nuclear como um conjunto de conhecimentos técnicas que são centradas para projectos da organização, podendo multiplicar-se por vários departamentos e servir diferentes produtos ou serviços.
 

Referencias:

LEVIEQUE, Agostinho, Gerir Recursos Humanos é Gerir Mudanças, Maputo, Ndjira, 2007
FLEURY, Maria Tereza. Estratégias Empresariais e Formação de Competências,Campus,São Paulo,2000.
BOOG, Gustavo. O Desafio da Competência. Best Seller. São Paulo. 2000.
BUARQUE Ferreira, A. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Nova Fronteira.
DUTRA, Joel.Gestão por Competências – Um Modelo Avançado para o Gerenciamento de Pessoas, São Paulo, Gente, 2001.
BRANDÃO e GUIMARAES Gestão de Desempenho por competências integrado a Gestão por Competências Rio de Janeiro:Ebape 2011
CARBONE, Pedro e BRANDÃO Hugo, Gestão por Competências e Gestão de Conhecimento 3º. Ed Rio de Janeiro 2009

 

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